O desenvolvimento das neurociência tem demonstrado a importância da respiração tanto na ativação do sistema nervoso parassimpático (responsável pelo repouso e pela digestão, ou seja, pelo estado de calma) quanto na melhora da disposição e do bem-estar.
Por meio de nossa ação voluntária (controlando a respiração) sobre o sistema nervoso autônomo, os pranayamas conseguem uma regulação do mesmo, tornando o desgaste causado pelo estresse menos importante.

Por esse motivo, eles são uma parte essencial de uma aula de yoga que busca o relaxamento e o gerenciamento do estresse. Os pranayamas são incluídos no início da aula e, às vezes, em algumas posturas, sempre buscando trazer nossa consciência para o momento presente. Ao mesmo tempo, enviam uma mensagem de tranquilidade ao nosso cérebro: “Ei, pode relaxar, está tudo sob controle aqui. Estou seguro”.

Uma respiração rítmica com longas expirações envia exatamente essa mensagem: não há ameaça, o corpo está seguro, é possível sair do estado de alerta. É por isso que é muito mais fácil regular um estado de nervosismo com a respiração do que com a meditação, que exige um pouco mais de foco na atenção e provavelmente não funcionará tão rapidamente para o iniciante.

As técnicas de respiração são muito eficientes porque a respiração é uma função que se altera diretamente de acordo com o funcionamento do sistema nervoso, de modo que, se nossos sentidos percebem uma ameaça, a respiração se altera imediatamente. Mas, diferentemente de outras funções, como a liberação de hormônios, por exemplo, a respiração pode ser controlada e modificada fazendo o contrário: agindo para reduzir os níveis de estresse produzidos pela ameaça percebida.